Advocacia e Mercados Futuros

Por | 2015-01-27T20:12:45-02:00 27 de janeiro de 2015|

Olá leitores do blog! O tema de hoje refere-se sobre a advocacia e a preocupação com os mercados futuros. Vamos tecer alguns comentários sobre a concorrência e as possibilidades do profissional do Direito buscar seu espaço nesse cenário. Vejamos:

Como é de conhecimento geral, nos últimos 25 anos aumentou muito a procura pelos cursos jurídicos no Brasil, culminando em uma expansão enorme do Curso de Direito e o surgimento de muitos profissionais da área. Resultado: enorme concorrência na área jurídica.

Muitos afirmam que o mercado está saturado e que o mercado não seja capaz de absorver a todos os advogados formados em nosso país. Talvez seja verdade, talvez seja mentira. Não é o propósito de o artigo discutir essa polêmica da capacidade ou não do mercado e da grande quantidade de Faculdades de Direito, mas tão somente alertar sobre algumas atitudes que devem ser adotadas para o profissional enfrentar um cenário competitivo.

Como em outras áreas, o profissional do Direito deve se adequar e se adaptar ao mercado, atualizando-se a fim de suprir as necessidades atuais e futuras. Sem isso, ele estará fadado ao fracasso.

Novas áreas do Direito já surgiram. Provavelmente muitas outras irão surgir. O profissional deve acompanhar o desenvolvimento da sociedade e construir um cenário favorável frente à competitividade avassaladora.

Obviamente que a econômica deve ser benéfica ao advogado. Ora, é logico que sem um mercado estável e promissor, a advocacia sofrerá, uma vez que a classe conta com muitos profissionais, conforme mencionado anteriormente. Assim, não haverá, por exemplo, como muitos escritórios sustentarem uma grande quantidade de advogados empregados, se o dinheiro não gira e a economia fica parada. Esse fator é uma realidade para todos os ramos.

Contudo, para o advogado se destacar no mercado é necessária uma especialização em um ramo promissor do Direito, assim, terá mais chances de encontrar um lugar no mercado advocatício e se sobressair sobre outros colegas de profissão.

A verdade é que se o advogado não se arriscar e não se dedicar intensamente a sua profissão, com constante atualização e excelência na prestação de serviços, lhe sobrará tão somente salários ou honorários nada compensadores ou até mesmo a necessidade de uma busca por outra profissão.

Ao analisar as demandas judiciais, resta claro que a maioria dos profissionais opta pelas áreas de maior tradição dentro do Direito para a sua atuação: Penal, Trabalhista e Cível. Todavia, pergunta-se:

Por qual motivo não se aventuram em novas áreas?

Por que muitos estudantes/profissionais têm tanto receio com áreas relativamente novas para exercer a advocacia?

O mercado exige especialização em novas áreas. Na medida em que o mundo e a tecnologia se desenvolvem, a sociedade anseia por direitos “novos”, direitos anteriormente não pensados, enfim, as oportunidades vão surgindo para os profissionais do Direito, onde quem busca novos mercados e presta serviços qualificados, será o exemplo para jovens advogados do futuro. Esses profissionais serão o espelho para muitos outros, graças a sua ousadia de investir em áreas anteriormente pouco exploradas.

Conforme já relatado em artigos anteriores do Blog Jurídico Correspondentes, muitos são os fatores para o sucesso do advogado: marketing jurídico, gestão de negócios, especialização, dedicação, ética, entre outros. O sucesso na advocacia é a soma de muitos fatores, haja vista a exigência do mercado frente à concorrência existente.

Por derradeiro, vale lembrar que é muito importante para o profissional do Direito perceber a área de atuação supostamente “saturada” e sem muita chance de mercado. Logo, deve se adaptar as novas necessidades da sociedade e estar preparado para as lides do futuro. Na medida em que os anos passam, os anseios da sociedade mudam, portanto, como forma de driblar a concorrência necessita “prever” os novos anseios, a fim de se destacar no mercado e exercer com excelência a sua função social em uma sociedade moderna.

Até o próximo artigo.