A crise econômica e o mercado jurídico

Por | 2015-12-14T12:27:48-02:00 14 de dezembro de 2015|

Não é novidade para ninguém que o país atravessa uma grave crise econômica e política, que tem afetado diversos setores. Por isso, em uma época de problemas para todos os brasileiros, o mercado jurídico também acaba sofrendo algumas consequências.

Apesar de estar exibindo uma considerável resistência, o setor enfrenta as mesmas instabilidades que as demais áreas da economia, ocasionando algumas modificações radicais.

Em função disso, os profissionais devem tentar se adequar a este cenário de dúvidas, para não transmitir incertezas para seus respectivos clientes, fazendo uma espécie de blindagem contra os impactos do sistema legal do Brasil.

Como acontece em todas as áreas, os advogados necessitam desenvolver uma estratégia de renovação sempre que necessário para seguir as modificações que ocorrem regularmente e se moldar a elas.

Cada vez mais estão surgindo escândalos públicos de corrupção, como, por exemplo, a Operação Laja-Jato e, até mesmo, toda a polêmica envolvendo os líderes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Essas situações fazem com que os advogados e executivos fiquem ainda mais receosos com os assuntos de acordo com a legislação de controle interno e organizacional.

Crises afetam diferentes setores

As crises segmentadas podem acabar impactando outros setores da economia. Um exemplo disso é a séria crise hídrica que tem afetado diversas regiões do país, especialmente, a grande São Paulo. A falta de água teve muito peso em outros setores. As áreas que sentiram menos efeitos negativos foram os escritórios de advocacia e as empresas de contabilidade, além de instituições de ensino de todas as esferas.

Área jurídica tem se mostrado bem estruturada

Conforme uma pesquisa realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mais da metade das empresas estavam cogitando uma redução no quadro de funcionários, enquanto que os escritórios de advocacia não apresentam nenhum plano para demitir parte de seus colaboradores.

Alguns dos elementos que têm evitado que o mercado jurídico sofra mais os impactos da crise financeira nacional podem ser a tendência e a estrutura corporativa, a estratégia de venda consultiva e a mentalidade de prevenção de danos. Esses podem ser encarados como os fatores principais pelos quais a área de advocacia está consideravelmente sofrendo menos a influência da grave crise econômica que tem assolado o Brasil nos últimos meses.

Justamente por isso é fundamental que os escritórios estejam bem estruturados e preparados para enfrentar os próximos meses, já que o cenário caótico dos líderes mais importantes de Brasília não dá indícios de uma recuperação a curto prazo. Essa mentalidade pode aumentar a valorização desses profissionais, que não somente exerceram a atividade tradicionalmente, além de se transformarem em genuínos consultores jurídicos que compreendem profundamente o setor e as necessidades de seu cliente, bem como todas as particularidades do caso.

Direitos dos trabalhadores

Além disso, os advogados podem representar para milhares de trabalhadores uma última esperança de reaver quantias e direitos trabalhistas. Um exemplo disso pode ser encontrado facilmente no futebol. Diversas equipes não tem conseguido honrar com os compromissos firmados com os seus atletas, por isso, muitos atletas necessitam entrar na justiça para receber seus direitos.

Como você acredita que será o próximo ano para o setor jurídico?