Julgamentos Famosos #4: casos internacionais

Por | 2018-03-14T20:43:50-03:00 8 de abril de 2016|

Neste quarto artigo sobre julgamentos famosos, vamos relembrar mais alguns casos (internacionais), que causaram alvoroço no mundo jurídico, principalmente por tratarem de um assunto muito controverso: a insanidade mental do réu.

Caso Schmitz

Jerry Jones, um programa da TV americana, estava em meio à sua produção, em 1994, buscando pessoas do mesmo sexo que tivessem relacionamento e não tivessem vergonha de falar sobre o assunto na televisão. Jonathan Schmitz foi um dos convidados para o programa e, mesmo sabendo que era um programa sobre paixão entre homossexuais, acabou por matar o pretendente com dois tiros no peito. No julgamento, alegou “pânico gay”, mas a defesa não foi aceita, sendo ele condenado por assassinato de segundo grau. O programa também foi processado, mas a sentença foi anulada através de recurso.

Caso Bobbitt

Um jovem casal americano, Lorena e John Bobbit, viviam em crise. John abusava mental e sexualmente de Lorena e, num determinado dia, em 1993, chegou embriagado e a estuprou. Depois do estupro, Lorena pegou uma faca e cortou metade do seu pênis, saindo do apartamento e jogando-o no lixo. Depois, fez uma chamada de emergência, encaminhando-o ao hospital, onde teve o seu pênis recolocado cirurgicamente. Julgada, conseguiu absolvição alegando insanidade temporária em virtude dos maus tratos, chegando a participar do programa de Oprah Winfrey para falar sobre sua experiência.

Caso Dahmer

Jeffrey Dahmer foi um serial killer e criminoso sexual em 1991, com inúmeros casos de sexo, canibalismo, necrofilia e desmembramento de cadáveres. Sua perturbação mental vinha desde a infância, quando recolhia animais mortos e os mutilava. Como criminoso sexual, cometeu quase 20 assassinatos, mantendo em sua residência os troféus, como crânios e genitálias, bíceps e corações congelados. Em seu julgamento, alegou insanidade, mas o pedido foi rejeitado e ele condenado a 15 penas de prisão perpétua consecutivas. O caso foi visto pela justiça americana como o fim do fundamento de insanidade, já que, se ele fosse julgado inocente, nenhum outro criminoso seria qualificado para esse tipo de defesa.

Caso Gacy

Outro caso de serial killer foi o de John Wayne Gacy, na década de 1970, também nos Estados Unidos, que ganhou notoriedade como palhaço assassino, apresentando-se com essa fantasia em festas e eventos, onde estuprou e matou 33 meninos e jovens em Chicago. No julgamento Gacy alegou que perdeu as contas de quantas vítimas havia feito. A descoberta de seus crimes abalou a comunidade, já que ele tinha sido até agraciado pela primeira dama Rosalynn Carter por trabalhar como voluntário. Ele também se declarou com insanidade mental, mas suas alegações foram rejeitadas e acabou sendo considerado culpado, sendo sentenciado à morte por injeção letal. Esperou 14 anos no corredor da morte e ainda foi objeto de controvérsias, pintando quadros sobre seus crimes e os vendendo a 9,5 mil dólares.

Caso Gein

Ed Gein afirmou que só roubava túmulos para fazer de partes do corpo humano peças de decoração. Ele esfolava os cadáveres para criar objetos, como um abajur de um rosto humano, um cinto de mamilos femininos, um terno feito de pele humana, e outros. Foi preso em 1957 e julgado pelo assassinato de uma mulher, embora tenham surgido outras mortes anteriores. Foi considerado legalmente insano, passando 11 anos num hospital psiquiátrico. O personagem real serviu como inspiração para filmes de terror que ficaram famosos.

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