Jogar Pokémon Go é invasivo e fere regras de privacidade?

Por | 2018-03-14T20:43:20-03:00 21 de agosto de 2016|

O jogo Pokémon Go mal foi lançado e gerou diversas polêmicas, criando problemas nos Estados Unidos e na Austrália. Nos EUA, muitas pessoas foram assaltadas por grupos que usavam o aplicativo para atrair vítimas a locais desertos. Na Oceania, pessoas foram atropeladas por estarem mais interessadas no jogo do que nos locais por onde andavam.

O Pokémon Go, que é um jogo de realidade aumentada, também foi alvo de críticas em virtude do seu contrato de privacidade, certamente algo que pode gerar também muita polêmica.

Muitos usuários afirmam que os termos do contrato possibilitam à empresa acessar contas inteiras do Google, desde um e-mail até o editor de textos, passando por outros aplicativos, sem contar que o Pokémon Go registra a localização do jogador em todas as suas capturas, verificando ainda o último site visitado.

Afinal, o Pokémon Go é ou não invasivo?

Quando um usuário baixa qualquer aplicativo, deve especificar o nível de acesso, devendo usar o mínimo possível, geralmente apenas a informação de contato, ou seja, o e-mail.

Os termos do Pokémon Go, no entanto, reacendem o debate sobre a privacidade de dados na internet e levou a dúvidas sobre as intenções da desenvolvedor com relação aos dados de cada usuário.

LEIA MAIS

Jurídico Certo é destaque em matéria sobre riscos trabalhistas de Pokémon Go

Pokémon Go: tenha cuidado com esse jogo em ambiente de trabalho

Criptografia no WhatsApp: o que muda?

Para o desenvolvedor, o acesso completo determinado no contrato é apenas um erro do sistema, já que, de acordo com a empresa, o aplicativo só exige o número de identificação de cada usuário e o endereço do e-mail para funcionar.

Segundo a empresa, nenhuma informação de qualquer conta ou aplicativo foi acessada ou coletada, embora alguns técnicos em informática afirmem que a empresa possui algum objetivo não definido com relação ao acesso irrestrito.

Ainda de acordo com a empresa desenvolvedora, o Google já está tomando todas as medidas para evitar o acesso completo às informações, mas nenhuma das duas empresas ainda divulgou uma data para correção da falha.

Enquanto isso não ocorre, fica a dúvida: os boatos nas redes sociais se espalham e muitos usuários mais cuidadosos estão evitando baixar o aplicativo. Afinal, no mundo informatizado em que vivemos, todo cuidado é pouco.

E você, o que pensa sobre essa questão?