Um programa de computador chamado ROSS foi desenvolvido pela IBM para atender algumas necessidades do Direito, nos Estados Unidos e foi adotado por uma das maiores bancas de advogados do mundo há alguns meses. O programa trabalha da seguinte maneira: depois de feita uma pergunta jurídica, ele analisa milhares de documentos legais, casos julgados e estatutos para oferecer uma resposta. As respostas incluem citações legais, artigos de juristas, jurisprudência e, inclusive, um cálculo de nível de confiança para ajudar os advogados a preparar o processo.
A plataforma age através da computação cognitiva, ou seja, vai aprendendo através de interações já feitas anteriormente, o que significa que suas respostas vão sendo cada vez mais precisas à medida em que ele é usado.
ROSS faz parte da Inteligência Artificial, ou IA, que provoca desconfiança em muitos profissionais, inclusive do Direito, que se perguntam quais são os impactos positivos e negativos oferecidos por esse tipo de tecnologia na área jurídica. A plataforma usa computação cognitiva, ou seja, vai aprendendo com as interações já feitas anteriormente, fazendo com que suas respostas sejam cada vez mais precisas à medida em que é usada.
A grande pergunta é: a tecnologia vai substituir o advogado?
A tecnologia vai ajudar o advogado nas suas tarefas cotidianas
Ao contrário do que alguns pensam, a tecnologia vem sendo desenvolvida para agilizar os trâmites no Direito, otimizando o tempo e o trabalho do profissional jurídico.
Todas essas mudanças trazem uma reestruturação profunda, que vai desde a redução do uso de papel no setor jurídico até a utilização de IA como o caso do ROSS e só tende a desenvolver cada dia mais, seguindo a tendência digital do mundo.
No Direito, a automatização também está se aproveitando de bancos de dados e de informações, buscando agilizar os processos, como podemos ver inclusive nos tribunais de todo o país, que vêm implantando sistemas para agilizar o andamento dos trâmites legais. No entanto, mesmo que grande parte do trabalho seja automatizada, é bastante improvável que um sistema de IA venha a substituir a atividade de um advogado de carne e osso, principalmente quando se conhece todas as suas atividades do começo ao fim de qualquer processo. A IA, por mais avançada que seja, ainda não apresenta condições de realizar todas as funções de um cérebro humano. Um sistema de computador não possui a capacidade de criatividade de uma pessoa.
É bem possível que, com o tempo, muitas atividades possam ser desenvolvidas por um computador, mas, mesmo assim, é necessário entender que a Inteligência Artificial deve ser encarada apenas como complemento para as atividades humanas. Além disso, também é preciso entender que, quanto mais avança a tecnologia, mais ela se torna indispensável para nossas atividades.
Para a área jurídica também já há sistemas muito bons que cruzam informações e monitoram os processos, colaborando para que o advogado possa realizar seu trabalho, ajudando em atividades processuais e manuais e possibilitando que os profissionais tenham mais tempo para suas atividades intelectuais. Todas essas tecnologias vêm ao encontro das necessidades dos advogados, agilizando e complementando suas atividades, possibilitando resultados mais rápidos, ou seja, trazendo maior qualidade ao serviço.