O que a série Narcos ensina para profissionais jurídicos

Por | 2018-03-14T20:43:10-03:00 19 de setembro de 2016|

A segunda temporada de “Narcos” já está no Netflix desde o início de setembro, também repleta de cenas impactantes. Com sequências cheias de suspense, mostra a história da expansão dos cartéis de cocaína internacionais e a luta da polícia para acabar com o maior traficante de todos os tempos, Pablo Escobar.

Pablo Escobar, também na segunda temporada, é interpretado por Wagner Moura, com a participação de Boyd Holbook como Steve Murphy e Pedro Pascal como Javier Peña, os dois agentes do DEA enviados à Colômbia para acabar com o narcotráfico.

Todos merecem um advogado

Um elenco de primeira, uma excelente combinação de trama e uma história real é o que fazem de “Narcos” mais um sucesso do Netflix. Um dos personagens que merece atenção é o advogado Fernando Duque, interpretado pelo ator mexicano Bruno Bichir.

Para Bruno Bichir, o personagem que ele interpreta é fascinante, um homem bastante controverso, uma pessoa que, segundo o ator, já é bizarra pelo simples fato de existir. O advogado, na vida real, andava pelas ruas com o título de “o advogado do criminal”, ou seja, uma “coisa de louco”, conforme diz Bichir, já que é difícil considerar que uma pessoa perseguida por agentes internacionais também tem direito a um advogado.

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De acordo com o ator, a segunda temporada mostra que o advogado de Escobar era uma pessoa que não queria estar onde esteve e agir como agiu, tendo cometido o grave erro de ser ambicioso, representando os interesses de um criminoso. Na série, ele paga pelas consequências de seus atos.

Na vida real, no entanto, é preciso entender que toda e qualquer pessoa, por pior que tenha sido sua vida e por piores que tenham sido suas ações, sempre tem direito a um advogado. A lei assim o exige e um bom advogado deve sempre pautar-se pela ética, mantendo-se dentro do que estabelece a lei e cumprindo com seu dever de defender mesmo um criminoso, considerando o fato de que toda e qualquer pessoa é inocente até prova em contrário.