Preparar um advogado correspondente jurídico para uma audiência de um cliente do seu escritório deve tomar a atenção do advogado para que seja conduzida com todo o critério exigido pelo processo. O correspondente jurídico precisa manter um comportamento dentro dos padrões exigidos pelo próprio escritório, tendo todas as suas dúvidas respondidas e conhecendo o processo.
Os cuidados maiores devem ser tomados quando se trata de um correspondente jurídico ainda sem muita experiência com o andamento forense. Assim, deve o escritório contratante ressaltar o que deve ser feito e como a audiência deve ser conduzida.
As audiências exigem um protocolo, com regras que devem ser respeitadas, além do grande comprometimento do correspondente jurídico com o escritório contratante, uma vez que ele está representando o advogado e o escritório.
O advogado correspondente jurídico deve ser preparado como se o próprio escritório estivesse enviando seu advogado através de algumas etapas básicas:
1. Preparação para a audiência
O correspondente jurídico deve estar bem preparado antes da audiência, evitando problemas e a possibilidade de trazer prejuízos para o contratante. Nessa preparação para a audiência, o correspondente deve ser orientado a tomar as seguintes providências:
Ler com atenção a defesa
O correspondente jurídico precisa ter conhecimento dos termos da defesa, procurando saber todos os pontos que podem ser usados como argumentos. Havendo qualquer atraso na entrega, é necessário informar o escritório contratante, tendo em mente os argumentos para qualquer alegação. Assim, é preciso ter em mãos a defesa com a antecedência necessária para que possa estudar com cuidado.
Analisar os documentos constantes da defesa
Com todos os documentos em mãos, o correspondente deve analisa-los para utilização na audiência. O escritório contratante deve esclarecer todas as dúvidas sobre cada documento, possibilitando ao correspondente total conhecimento do caso.
Analisar determinações específicas
O advogado correspondente jurídico deve ser orientado sobre qualquer especificação para a audiência em que irá representar o contratante, evitando preocupações ou empecilhos que possam prejudicar o andamento do trabalho. A orientação deve ser dada no sentido de apresentar condições que possam ser aceitas, inclusive no caso de conciliação.
2. Procedimentos durante a audiência
Conhecendo bem a defesa, o correspondente jurídico estará melhor preparado para enfrentar a audiência. Assim, ele poderá tomar as atitudes mais adequadas, podendo conduzir melhor as determinações do contratante.
Apresentando propostas
Havendo possibilidade de conciliação e, no caso de o contratante estar de acordo, o correspondente deve ser orientado para apresentar uma proposta para a ação, mostrando disposição para resolver de uma vez por todas a pendência, uma atitude que sempre é bem vista pelo juiz.
No caso de haver uma contraproposta, o correspondente jurídico deve ter o conhecimento dos limites aceitáveis pelo cliente do contratante, só entrando em contato quando os valores estiverem fora do aceitável.
Registrar a proposta em ata
O correspondente jurídico deve ser também orientado a pedir para que a proposta seja registrada em ata, uma vez que, em diversos casos, o juiz pode aplicar a sentença com base em valores propostos durante a audiência.
Ao constar os valores em ata, a proposta se torna parte do processo, não podendo ser ignorada nas etapas seguintes.
Análise da inicial
Com a proposta feita e, no caso de não ser aceita, o correspondente jurídico, por si mesmo, tem o conhecimento dos riscos que corre o processo, o que exige que ele seja orientado a analisar a inicial, verificando pontos que sejam favoráveis para o cliente.
Se houver qualquer condição específica, o correspondente também deve falar sobre ela, pedindo para constar em ata.
3. Conclusão do processo
Depois do encerramento da audiência, independente do resultado, o correspondente jurídico deve montar o seu relatório, fornecendo as ocorrências para o contratante. Essas condições devem ser repassadas ao cliente, com a proposta de possíveis soluções e buscando o melhor resultado para o processo.
O correspondente jurídico deve ter conhecimento do processo e o contratante deve passar a ele as decisões tomadas pelo cliente para que possa dar continuidade aos procedimentos exigidos, no caso de alguma especificidade.
O escritório contratante deve ter em mente que, ao contratar um correspondente jurídico, grande parte do sucesso na audiência depende das informações que são passadas ao advogado contratado, gerando um relacionamento com maior credibilidade e permitindo que o correspondente tenha plena confiança nas atitudes que deverá tomar.
Com a preparação adequada, além de oferecer ao correspondente jurídico maior experiência em sua própria carreira, o escritório contratante também está demonstrando sua confiança na responsabilidade do correspondente, permitindo que ele possa tomar suas decisões mais acertadas na condução de qualquer processo.
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