A sociedade sempre divulga que os sexos são iguais, que todos têm o mesmo direito, mas não é essa a realidade que se vê no mercado de trabalho. Os salários entre homens e mulheres continuam sendo bastante diferentes. Uma pesquisa salarial recente, realizada por uma empresa de Recursos Humanos, mostra que, até mesmo nos últimos anos, a diferença salarial está se acentuando.
Enquanto no ano de 2005 a diferença salarial era de aproximadamente 52% a mais para os homens, diante da crise que atravessamos, em algumas profissões a diferença pode chegar a 75%.
Claro que essa diferença depende muito no nível hierárquico. Enquanto os maiores índices de diferença estão para os cargos mais baixos das empresas, os níveis hierárquicos mais elevados trazem um diferença de aproximadamente 20%, o que torna claro que, quanto mais elevado o cargo, menor a diferença, já que, nessas circunstâncias, o conhecimento interfere e muito para reduzi-la.
Os cargos de trainee e estagiários na área jurídica, por exemplo, apresentaram uma queda na diferença salarial, estabelecendo que, pelo menos com relação aos advogados, as empresas costumam considerar que não existem diferenças entre um profissional do sexo masculino e um do feminino.
Maior participação da mulher, melhor relação salarial
As diferenças da relação salarial entre homens e mulheres na área jurídica começaram a cair em virtude da crescente participação das mulheres nessa área, que era tradicionalmente ocupada pelos homens. Hoje o gap é de menos de 20%, mas ainda assim, existente.
Diferenças na área jurídica não acontecem, ou se acontecem são menos significativas, em áreas de diretoria jurídica, embora o sexo feminino tenha pequena participação nas diretorias. Para os advogados que trabalham em empresas, os resultados da pesquisa mostram que, quando numa mesma empresa, a diferença praticamente não existe, enquanto que, para empresas diferentes, ainda prevalece o costume de considerar o sexo feminino como menos necessitado de recursos financeiros.
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