Marketing jurídico: confira dicas para se divulgar sem ferir a ética jurídica

Por | 2016-12-23T09:09:54-02:00 23 de dezembro de 2016|

Um profissional de Direito atuando como profissional liberal ou associado a um escritório de advocacia, na maior parte das vezes, volta-se exclusivamente para o exercício de sua profissão. Assim, acaba deixando de dar a devida atenção a uma das mais importantes atividades para qualquer advogado no mundo atual: o marketing jurídico.

O marketing jurídico tem como principal objetivo a geração de novos clientes. Portanto, visa o crescimento do escritório, utilizando todas as ferramentas existentes para que um advogado possa se mostrar presente no mercado jurídico, sem, necessariamente, ofender ou extrapolar os limites do Código de Ética da OAB, parâmetro maior para o exercício da função.

O Código de Ética da OAB impõe determinados limites e restrições para o marketing jurídico. Essas restrições envolvem desde a concepção de um logotipo, com as marcas e cores utilizadas, através de recomendações possibilitadas aos advogados.

Dentro das recomendações da OAB, o marketing jurídico pode se tornar uma excelente ferramenta para qualquer escritório de advocacia ou advogado liberal. Assim, vamos lhe passar algumas dicas importantes para fazer uso de uma divulgação que só vai lhe trazer benefícios:

1. Conheça o Código de Ética da OAB

Antes de começar o seu marketing jurídico, conheça o Código de Ética da OAB. O Código traz algumas imposições e recomendações para o uso de marcas, logotipos, cores, etc., que devem manter sempre o aspecto sóbrio exigido pelo exercício da atividade profissional.

Embora o Código de Ética não determine o que pode ou não ser feito, mostra como o advogado pode se utilizar do marketing jurídico, dentro do bom senso exigido, evitando a captação ilegal de clientes. Não impede, no entanto, que o advogado mostre sua presença na mídia e nos meios eletrônicos.

2. Use o bom senso no marketing jurídico

Mais do que simplesmente se basear no que determina o Código de Ética, é necessário que o advogado tenha bom senso e entenda o que pode ou não pode ser pertinente para a divulgação dos seus serviços. Os elementos utilizados em suas estratégias devem ter um sentido para os clientes para não prejudicar a imagem do seu escritório.

3. Uso de publicidade e propaganda

A limitação para o uso de publicidade e propaganda deve ser respeitada. A opção, para o advogado, deve ser a divulgação em mídias específicas do mundo jurídico, em revistas especializadas, se tiver disponibilidade financeira.

4. Marketing jurídico alinhado aos objetivos do escritório

Da mesma forma que em qualquer empreendimento, um escritório de advocacia deve manter o seu planejamento estratégico, devendo ser visto como um empreendimento que precisa de resultados. O plano estratégico deve ser alinhado com os objetivos de cada sócio e de conhecimento de todos os colaboradores do escritório, incluindo elementos como atuação do escritório, metas de faturamento, quantidade de clientes, entre outros.

O marketing jurídico deve ser também planejado dentro do plano estratégico, procurando atingir os mesmos objetivos, voltando-se para o que o escritório pretende.

5. Região de atuação

O escritório deve focar-se em sua região de localização, delimitando uma área geográfica que permita ao advogado saber quem são os seus clientes em potencial e possibilitando criar condições de atrair esses clientes através de suas necessidades específicas.

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6. Especialização do escritório

No Direito encontramos diversas ramificações, com áreas de especialização necessárias para o correto ordenamento jurídico. Se o escritório de advocacia está começando suas atividades, pode até assumir casos de áreas diversas, trabalhando de forma mais genérica para capitalizar o empreendimento.

No entanto, com o passar do tempo, é necessário ter uma definição, procurando uma determinada (ou mais) área para que o marketing possa ser mais objetivo.

7. Definindo o cliente ideal

Depois de ter definidas a região e a área de atuação do escritório, com seus objetivos e outros aspectos necessários, também é importante definir o perfil do cliente que é preciso atender, estabelecendo, entre outras coisas, o comportamento, o porte (da empresa, por exemplo) e o segmento que seja mais interessante para o escritório e seus profissionais.

8. Estruturação do marketing

Depois de tudo pronto, com o posicionamento de mercado definido, é preciso estruturar o marketing jurídico. Assim, deve ser determinado o logotipo para o escritório, a concepção da marca (que, nessa altura, já será bem menos genérica, com o correto direcionamento para o público, a área e o setor de atuação) para o que o escritório pretende.

9. Usar a internet para o marketing jurídico

O escritório precisa ter um site para transmitir o seu posicionamento no mercado jurídico, sua área de atuação, a experiência de seus profissionais, ou seja, é preciso refletir o que o escritório pode oferecer para os clientes.

Também é válido pensar em alternativas criativas. Por exemplo, para profissionais e escritórios que atuem na correspondência jurídica, um perfil no Jurídico Certo é uma ótima alternativa.

10. Reflexos dentro do escritório

A advocacia exige um bom relacionamento entre as pessoas e, para estabelecer o melhor relacionamento, é necessário que a aparência do escritório e de seus profissionais esteja condizente com os objetivos estabelecidos.

A aparência do escritório deve estar relacionada com a área de atuação e com o padrão dos clientes. Assim, se você pretende atender empresas de grande porte, por exemplo, deve se portar como um escritório de aparência relativa com seus potenciais clientes. Ou seja, deve se apresentar de forma a buscar a empatia com o seu público.

Conclusão

O marketing jurídico deve ser aplicado de forma a conquistar a confiança e a credibilidade do mercado. As metodologias de divulgação devem ser usadas de acordo com o que o advogado pretende para sua carreira, obviamente sempre respeitando o Código de Ética da OAB.