O exame aplicado pela Ordem dos Advogados do Brasil, sem sombra de dúvidas mantém a profissão da advocacia com a qualidade e o respeito merecido em nosso país. A prova é fundamental para filtrar os bons profissionais, afinal, sem ela, a realidade jurídica brasileira seria um caos.
É de conhecimento popular que a quantidade de faculdades que oferecem o curso de Direito em nosso país é enorme. A busca pela profissão da advocacia simplesmente explodiu, proliferou-se assustadoramente, em virtude disso o mercado jurídico está saturado de profissionais e a concorrência é enorme. Todavia, assim, como em qualquer área, para os bons profissionais sempre há vagas, nesse ponto que o Exame de Ordem é fundamental.
Evidentemente que a qualidade das faculdades de Direito é variável. Logo, muitos cursos deixam a desejar, principalmente em instituições particulares, onde o objetivo principal muitas vezes é tão somente o dinheiro, despreocupando-se com a qualidade do ensinamento.
Com a prova da OAB é possível fazer uma seleção dos bons alunos, dos graduados que realmente podem ter a “vermelhinha” e têm condições de defender outras pessoas de uma maneira eficaz. Sem o exame, até mesmo aquele estudante que leva os 05 anos da faculdade com “a barriga” e colando desenfreadamente nas provas, poderia defender um cliente. Pergunta-se: De que maneira esse cidadão teria a capacidade de defender alguém em juízo se nunca se preocupou com seus estudos? É preciso uma prova de fogo, que separe os bons alunos dos maus.
Para Bruno Boris, em comentário ao Exame da Ordem dos Advogados do Brasil:
“Ele é fundamental para a categoria, pois de alguma forma o profissional jurídico é avaliado. Não significa que a OAB esteja chancelando plenamente a atuação daquele advogado aprovado, mas afirmando que ele tem condições mínimas de atuar no mercado de trabalho. Sou professor em cursinhos preparatórios e acho a prova relativamente fácil, basta o candidato ter o mínimo de conhecimentos gerais e estar tranquilo no dia do exame”.
Por isso, a manutenção do Exame é fundamental, pois, em verdade a prova da OAB proporciona uma segurança a todos os cidadãos de nosso país, no que toca a qualidade do serviço que será prestado pelos operadores do Direito.
Se por ventura, o Exame fosse abolido, seria pública e notória a queda da qualidade dos operadores do Direito no Brasil. Isso porque todo aluno que ingressa no curso de Direito sabe que ao final da faculdade só será um advogado se passar pelo Exame da Ordem, portanto preocupam-se com seus estudos para que os seus 05 anos acadêmicos não sejam em vão.
Nesse passo, as faculdades de Direito são reconhecidas pela quantidade de aprovação de seus alunos na OAB, motivo pelo qual, há um grande investimento na qualidade de ensino. Todavia se a prova da OAB fosse eliminada, a preocupação com a qualidade, em razão de envolver custos, seria vergonhosa e a preocupação com os estudos por parte dos estudantes, da mesma forma.
A respeito desse tema, Antônio Walber Matias Muniz e Mara Solange de Myrela Cunha:
“A qualidade do ensino superior jurídico passa a ser questionada por toda a sociedade, a qual assiste à realização de inúmeros concursos públicos, os quais, em muitos casos, não logram êxito, em razão de as vagas não serem preenchidas, devido aos candidatos não alcançarem a pontuação mínima necessária à aprovação. Os últimos resultados dos exames da Ordem no País confirmam, de forma alarmante, a ineficácia e ineficiência de tais cursos, mediante a exorbitante quantidade de reprovados”.
Portanto, abolir o Exame de Ordem seria como inserir todos esses graduados despreparados no mercado jurídico, pessoas despreparadas defendendo pessoas com problemas reais, denegrindo a imagem da advocacia e consequentemente da Justiça Brasileira.