Como lidar com cultura de outros países dentro do escritório

Por | 2017-12-13T10:25:04-02:00 13 de dezembro de 2017|

Muitas mudanças ocorreram nos últimos anos, principalmente com relação a contatos com profissionais de outros países. No escritório de advocacia pode ocorrer a contratação de casos solicitados por profissionais ou escritórios de outros países e quem estiver trabalhando deve saber como lidar com a situação.

A globalização exige que, em qualquer profissão, estejamos preparados para tratar com pessoas de outras regiões do Brasil e de outros países, entendendo as diversidades apresentadas, o que vai permitir maior conhecimento e experiência, agregando valor às competências e habilidades profissionais.

O profissional de Direito que souber acompanhar a evolução e as mudanças no ritmo acelerado exigido pelo mundo globalizado estará mais capacitado para conseguir clientes e empresas multinacionais, aplicando o seu conhecimento para tratar as diferenças culturais em favor do seu escritório.

Quando se trata de entender e atuar com as diferenças culturais é necessário fazer diversas pesquisas sobre o país de origem de um processo, por exemplo, procurando saber a forma de atuar de advogados desse país e da própria Justiça.

Conhecendo as diferenças culturais

Em primeiro lugar, para lidar com cultura de outros países, é preciso entender como o brasileiro percebe e age em suas atividades profissionais. Considerando esse ponto, torna-se mais fácil trabalhar em conjunto com profissionais de outros países sem correr o risco de criar pontos de tensão.

Nosso povo tem tendência a ser mais coletivista, embora confie mais em pessoas próximas, como amigos e familiares, colocando nos vínculos de amizade uma parceira verdadeira. Se a tendência dos clientes estrangeiros é diferente, é preciso ter atenção a esse fato, notando como agem antes de qualquer atitude mais espontânea e amigável, como é comum no Brasil.

Outra característica que podemos perceber no Brasil é a responsabilidade com o trabalho e o apego aos detalhes e aos procedimentos. Essa característica também é comum a muitos povos, mas vale ainda a informação colocada anteriormente: sempre é preciso ver a forma de agir de seus clientes internacionais antes de direcionar os trabalhos para qualquer processo.

Devemos ainda lembrar, como qualidade do profissional brasileiro, a distância cada vez menor entre os sexos: no Brasil está se tornando cada vez mais comum encontrarmos chefes do gênero feminino, situação ainda não muito aceita em muitos países. Como o profissional de Direito está recebendo serviços externos, esse é um ponto que merece bastante atenção.

Dependendo da cultura, é necessário fazer uma pesquisa sobre esse fator, principalmente para deixar o cliente mais à vontade no caso de ser uma cultura onde o sexo masculino é mais valorizado. Ou seja, é necessário adaptar-se a determinadas circunstâncias para melhor atender o cliente.

Algumas culturas são muito mais pragmáticas que a brasileira e, diante disso, criam uma metodologia de trabalho bem diferente, detalhada e perfeccionista, muito mais do que ocorre no Brasil, principalmente porque o brasileiro sempre encontra um jeito para tudo o que faz. O conhecido “jogo de cintura” pode não ser adequado para trabalhar com determinados clientes, exigindo um planejamento como o deles.

Sempre que estivermos convivendo com nacionalidades diferentes, devemos aproveitar para conhecer mais sobre o país e a cultura, abrindo nossa mente para novos conceitos. Somente assim poderemos ter a liberdade de agir com clientes internacionais sem criar um clima constrangedor.

O Brasil possui uma cultura bastante positiva do ponto de vista de relações internacionais, principalmente no aspecto corporativo, já que temos facilidade em manter relacionamento com outros povos e culturas, mantendo a harmonia no trabalho.

Diante dessa visão por parte de muitos povos, torna-se mais fácil estabelecer contato e manter um relacionamento mais confiável, embora seja necessário usar a pesquisa e conhecer mais a fundo a forma de atuação de cada povo.

Já teve contato com clientes de diferentes culturas? Conte para a gente!