A rotatividade na área jurídica das empresas e escritórios de advocacia, segundo pesquisas recentes no setor, apresenta principalmente duas causas:
- Falta de oportunidade de ascensão profissional.
- Baixos salários e poucos benefícios.
Basicamente vemos motivos que podem ser considerados até de simples solução, ou seja, desde que se deem chances de progredir profissionalmente e se pague salários compatíveis, a rotatividade na área jurídica poderia ser reduzida drasticamente.
No entanto, não podemos nos dar ao luxo do simplismo. Existem escritórios que, mesmo pagando valores acima do mercado, também apresentam rotatividade alta. E, se formos perguntar a um advogado que ganha 5 mil reais mensais se esse valor está dentro de suas expectativas, certamente vai responder que não, que sua pretensão é bem mais alta.
O advogado deve pensar que está como empregado e não que é empregado
A rotatividade na área jurídica não se prende ao salário ou aos benefícios, mas sim à responsabilidade em que o profissional está envolvido. Em certos setores, mesmo com um bom salário, o advogado se vê obrigado a uma dedicação que vai exigir seu tempo livre e, muitas vezes, até mesmo o final de semana. E essa situação nem sempre é vista e valorizada pelo escritório contratante.
Claro que o mercado de trabalho está complicado nos últimos tempos, mas a área jurídica é uma das que menos sentem os efeitos da crise e, principalmente em momentos de crise, a atividade é muito mais exigida.
Há que se considerar ainda que, para um advogado que trabalha como empregado num escritório ou numa empresa, a atitude profissional sempre deve ser voltada para o próprio aprimoramento. Se ele, como advogado, não aproveitar as oportunidades que surgem em sua vida, não terá condições de crescer e de se valorizar.
Com relação aos salários e benefícios, se o advogado não estiver satisfeito, nada mais lógico que busque outro local ou abra o seu próprio escritório. Afinal, sua profissão lhe permite isso.
O reconhecimento do profissional, certamente, é a condição que mais afeta a rotatividade na área jurídica, e isso sempre vai depender do contratante. Para o contratado, sua carreira deve ser o ponto focal, o mais importante. Ele, como contratado, deve pensar que está empregado, e não que é empregado. Uma coisa que nunca ele vai deixar de ser é advogado.
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