A União Europeia possui algumas regras mais rígidas para as empresas de telecomunicações instaladas nos territórios dos países integrantes. E ela deverá ampliar essas regras para que também sejam respeitadas pelos serviços como WhatsApp, Skype e FaceTime.
As regras de segurança estão sendo aplicadas há mais de 15 anos às operadoras de telecomunicações e, diante de tantos problemas causados, também deverão ser seguidas pelos serviços oferecidos pela internet.
A proposta deverá ser divulgada ainda em setembro, ampliando alguns dispositivos para as empresas de internet que oferecem ligações ou chamadas online, serviços conhecidos como “over the top”.
Garantia de segurança e integridade dos serviços
A ampliação das regras, além dos cuidados com a segurança, também atendem às reivindicações de empresas como Vodafone, Orange e Deutsche Telekom, que reclamam que as empresas de internet possuem regulamentações mais leves, mesmo oferecendo serviços similares.
Pela proposta que a União Europeia irá apresentar, todas as empresas, inclusive as de internet, como Google, Facebook e Apple, deverão garantir segurança e integridade aos seus serviços. Incluindo aí o relato de infrações às autoridades e planos de contingência e estratégia de continuidade dos serviços.
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A União Europeia pretende, por exemplo, determinar modelos para a arrecadação obtida com dados pessoais de usuários dos serviços, criando interfaces de monitoramento para as agências de segurança, o que poderia evitar planos de ataques terroristas ou outras infrações, já que o território europeu é o mais visado para esse tipo de ataque.
Ao mesmo tempo, o controle mais rígido irá atender às empresas de telecomunicações que vêm reclamando há anos serem alvo de regulamentos mais rígidos, já que exercem a função de operadoras de rede. A reclamação também se estende aos ganhos, já que as concorrentes americanas conseguem mais dinheiro com as comunicações online, não enfrentando, no entanto, a necessidade de fazer investimentos nas redes operacionais.
As empresas de telecomunicações, diante da nova regulamentação, poderão atuar como prestadoras de serviço online, podendo tornar seus serviços mais atraentes para seus usuários. Ao mesmo tempo em que a União Europeia poderá acompanhar possíveis planos de ataques.