A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) possui uma tabela que estabelece uma média de quanto cobrar nos honorários advocatícios. A medida evita que a profissão seja desvalorizada por advogados que trabalham de forma autônoma e acabam fazendo uma precificação muito baixa em relação aos outros serviços advocatícios.
O que esses advogados não levam em conta é que diversos outros profissionais tiveram que demandar o mesmo tempo na realização do curso, e muitas vezes, um esforço muito maior para conseguir a aprovação no exame da OAB, portanto merecem o devido respeito ao definir seus honorários.
Em agosto de 2012 a OAB lançou a Campanha Nacional de Valorização dos Honorários Advocatícios, que tem como principal objetivo garantir a remuneração digna aos advogados por parte de seus clientes.
Em 2014 foi definida a data oficial pela Valorização dos Honorários Advocatícios, que é lembrada no dia 10 de agosto e luta conta a submissão do profissional aos preços irrisórios e tem como slogan a frase “Advogado valorizado, cidadão respeitado”.
Advogados em início de carreira devem prestar atenção nos preços estabelecidos pela tabela da Ordem, para que não comecem a carreira aceitando qualquer valor vindo do cliente e, consequentemente, desvalorizando o seu trabalho.
De acordo com o último levantamento da OAB existem aproximadamente 760 mil advogados no país e mais de um milhão e meio de bacharéis em direito, portanto é preciso que cada um faça a sua parte na valorização da profissão. Antes de precificar o serviço alguns aspectos devem ser levados em consideração.
Dicas de como precificar os serviços advocatícios
1 ) É fundamental, antes de qualquer contato com o cliente, que o advogado verifique os preços estabelecidos pela tabela da OAB.
2) Em segundo lugar se deve analisar caso a caso, ouvindo o cliente e percebendo qual será o esforço que o caso demandará.
3) Negociar com o cliente é outra medida que deve ser adotada pelo profissional de direito, podendo estabelecer um parcelamento viável para ambas partes, sem que haja nenhuma perda financeira no caminho.
4) Outra dica é comparar o preço a ser cobrado com outras ações semelhantes.
5) Valorizar o preço quando a ação está dentro do seu ramo de atuação, ou seja, quando você é um especialista no assunto e já teve sucesso em outros casos.
6) Não tenha medo de fazer o seu preço baseado na sua capacidade, pois é assim que se valoriza o advogado.
7) Prestar atenção se o preço cobrado inclui todas as necessidades básicas para a realização da defesa, por exemplo, transporte, alimentação e tempo demandado.
8) Se o caso é complexo e necessita de estudo ou de consulta de outros advogados, o valor deve constar também nos honorários pagos pelo cliente.
9) Deve-se visualizar qual será o custo/ benefício antes de estabelecer uma precificação, pois não vale a pena trabalhar sem a dedicação necessária por um erro na negociação com o cliente.
10) Colocar a ética advocatícia antes de qualquer novo cliente é a melhor solução para não desvalorizar a profissão, além de respeitar as resoluções da OAB e participar de eventos que defendam o trabalho do advogado.
Quanto mais valorizado o trabalho do advogado é, mais satisfeito o cliente vai estar, pois é com dedicação e respeito que se faz o bom profissional jurídico no Brasil.